Muita gente, quando viu as fotos da minha viagem à Paris, me perguntou como conheci tanta coisa em apenas dois dias. Por isso, antes de qualquer coisa, gostaria de deixar avisado que sou bem doida quando se refere a planejar meus próprios roteiros. Eu gosto de andar bastante e pegar transporte público, já que, para mim, essa é a melhor forma de conhecer os lugares, descobrir cantinhos novos e me misturar com os locais.
Como meu tempo era curto, meu objetivo era conseguir fazer um geralzão da Cidade Luz, conhecendo alguns dos pontos mais famosos e outros nem tanto, que me mostrassem um pouco da Paris boêmia. O roteiro ficou bem superficial, mas atingi meu objetivo. E quando voltar a Paris já sei no que focar!
Aqui está a primeira parte do roteiro, o DIA 1. Na segunda parte vou postar o DIA 2 e as considerações sobre o que eu faria diferente depois de ter ido.
DIA 1: Place de la Bastille – Place des Vosges – Le Marais – Île de Saint-Louis – Cathedrale Notre Dame – Sainte-Chapelle – Shakespeare & Co.- Quartier Latin – Quartier St. Germain – Jardin du Luxembourg – Tour Montparnasse – Cruzeiro Rio Sena – Tour Eiffel/Champ de Mars

Cheguei de metrô na Place de la Bastille, que estava em reformas com a July Column quase completamente coberta. Mesmo assim, o lugar é bem interessante, além de ter sido palco de um grande evento histórico, a Tomada da Bastilha, a praça é rodeada por belos cafés e restaurantes e pela Bastille Opera. Sem contar que foi a primeira rotatória grande dessas parisienses que me deparei, já deu para sentir o que me esperava no Arco do Triunfo.
Dali parti para um passeio no bairro Les Marais, onde me encantei com a simetria da Place des Vosges e caminhei pela Rue des Rosiers e pela Rue des Ecouffes. Como era de manhã cedo ainda, a maior parte do comércio ainda estava fechada. Também por isso, não consegui experimentar o famoso falafel do L’As du Fallafel, que abre somente a partir do meio dia, mas comi um croissant em uma padaria por ali. Experiência bem francesa, então tá valendo!
No caminho para a Cathédrale Notre Dame, atravessei a Île de Saint Louis, que me parece uma boa ideia para um almoço, com muitos restaurantes. Ao chegar na Notre Dame, tive meu primeiro contato com a Paris turística! Lotada, filas, gente pedindo dinheiro, gente vendendo coisas, gente pedindo para tirar foto. Eu não tinha comprado o ticket antecipado para subir nas torres da igreja, pensei em ver se estaria na vibe na hora. Resolvi optar pela fila para visitar somente o interior da igreja. A fila era grande, mas andou super rápido! A catedral é linda por dentro, os detalhes, a iluminação, fiquei um tempo apreciando tudo, tirando fotos, agradecendo e fui embora. Primeiro arrependimento de Paris. Acredito que conhecer mais a igreja com o passeio até as torres e a vista lá de cima deve valer a pena, sim!
Estava ansiosa para a próxima atração, a Sainte-Chapelle, a igreja que conta toda a história da bíblia através dos vitrais. Além disso, antes da Revolução Francesa, a coroa de espinhos de Cristo ficava guardada lá! Apesar de ser pequena, afinal de contas é uma capela, eu gastei um bom tempo observando os vitrais, o teto, o altar.
De lá passei na Shakespeare and Company; acredito que essa seja a livraria mais charmosinha que já entrei na vida, pequena e toda cheia de detalhes. Dali fui caminhando por umas ruazinhas fofas do Quartier Latin, como a Rue de Saint-Séverin.
A essa altura, eu já estava roxa de fome e essas ruelinhas têm um restaurante mais lindo que o outro. Como eu não estava no clima de me demorar em um restaurante e nem de gastar muito, acabei pedindo o meu primeiro crepe de muitos em Paris. A propósito, nesses dois dias, só o que fiz foi me alimentar de crepes (no regrets). De todos, esse foi o melhor que comi. E o mais barato! (Paguei €2,50; nos pontos turísticos se paga mais que o dobro disso, por exemplo comprei um em frente na Place de la Concorde por €6!!!) Tá certo que de todos os restaurantes fofos naquela rua, esse era o mais simplão! O nome é Patisserie Sud Tunisien, fica bem na esquina da Rue de Saint-Séverin com a Rue de la Harpe.
Para descansar um pouco, porque minhas pernas já estavam reclamando, sentei um pouco no Boulevard Saint Germain, comi meu crepe e fiquei apreciando o movimento por ali.
Energias recarregadas, caminhei um pouco pelo Quartier Saint-Germain, já com a intenção de chegar ao Le Jardin du Luxembourg. Algumas ruelas lindinhas ali são Rue Princesse e a Rue Guisarde, onde comi um sorvete na Amorino de sobremesa.
E o que dizer do Jardin du Luxembourg? Definitivamente, está no meu top 5 de lugares que conheci em Paris. Apesar de também ser bastante movimentado, adorei o clima mais tranquilo, todo mundo sentado, tomando sol, lendo. E, claro, é movimentado, mas não é aquela muvuca da maioria dos pontos turísticos de lá. Foi onde eu pude realmente sentar e relaxar, bem despreocupada, por umas 3 horas. Valeu cada segundo!
Depois de aceitar que eu deveria seguir adiante com o roteiro senão teria que pular atrações, resolvi ir caminhando mesmo até a Tour Montparnasse. Lá do seu 59º andar, me encantei com a vista de cima de Paris. Logo, já era hora de seguir para o ponto de encontro com o maridão, a Pont Bir-Hakeim. A ponte é lindíssima e de lá tiramos as nossas fotos mais bonitas com a Torre Eiffel ao fundo. Exceto por alguns ensaios pre-wedding, éramos praticamente os únicos por lá.
Para finalizar o dia, fizemos um passeio bem turistão pelo Rio Sena, passando pelos principais pontos e comemos uma pizza à beira do Sena e aos pés da Torre Eiffel. Na volta para o hotel decidimos pegar o metrô em uma estação que nos fizesse passar pelo Champ de Mars, de onde poderíamos ver a Tour Eiffel de frente.
Ufa! Fim do primeiro dia! E noite de descanso merecida para outra maratona no dia seguinte!
Leia aqui sobre meu 2° dia em Paris.
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